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PRODUÇÃO

A produção de alimentos no sitio Sabores é expressão pura do método ART. Queremos demonstrar a crescente curva de regeneração dos solos e da paisagem pela produção de frutas, legumes e plantas aromáticas-medicinais. Estamos iniciando o 2º ano, instalando em breve a irrigação. Até agora utilizamos nossas adubações regenerativas em quase todas as áreas: MRF, adubos verdes adensados e manejo do mato folha larga e podemos contar com um solo mais regenerado e fértil de quando começamos. A dessavanização foi outra prática utilizada, dando condições de praticar o plantio direto onde houver um colchão de cobertura morta.

 

Hoje temos como áreas produtivas: as hortas, que são enriquecidas com as faixas florestais e um pomar de goiabas.

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FAIXAS FLORESTAIS

 

As faixas florestais percorrem as hortas, num espaçamento de 18/18m. São compostas de fileiras duplas de árvores adubadeiras, num stand  final de 500 árvores/ha. As faixas são irrigadas, possibilitando a produção de 10 a 30 ton. de MRF/ha a partir do 3º ano, que será utilizada nos canteiros das hortaliças. Verdadeiras fabricas de um adubo regenerador. Como as faixas tem largura de 4 metros, podem comportar ainda o plantio de frutíferas tropicais como tangerinas e a cultura do mamão. Todos irrigados. Não se trata de uma perda de área, se trata da autonomia do sitio em fertilidade; além de estabelecer um microclima saudável para o cultivo de legumes e medicinais, entre as faixas.

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HORTAS

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As hortaliças são produzidas sobre canteiros cobertos de um bom colchão de cobertura morta. Nesta condição é favorecida toda atividade biológica do solo, mantendo altos os índices de fertilidade física, como (i) macro e (ii) micro porosidade e a CRA (capacidade de retenção de água); e muito importante! (iii) o frescor do solo superficial, condição necessária para sua vitalização e para uma poupança de húmus. Pois o húmus queima com alta temperatura. A fertilidade química acompanha a fertilidade física e biológica, mantendo o que podemos chamar de proporção regenerativa: apresenta uma suave deficiência de nitrogênio (somente suave!), favorecendo assim a fitossanidade dos cultivos e os atributos de qualidade do alimento, como sabor, cor, teor de vitaminas e compostos funcionais.

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O POMAR

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O pomar de goiabeiras já está no seu 5º ano de desenvolvimento. Desde que chegamos no Sítio, ele está recebendo um manejo regenerativo: dessavanização das ruas (retirada de capins das ruas do pomar), aplicação de MRF na projeção das copas e o manejo do mato de folha larga. Além disso, estamos fazendo a inibição da atividade das saúvas. Estas 4 medidas de manejo tem promovido a recuperação das goiabeiras que foram podadas; pudemos observar a franca brotação de todas frutíferas após a poda, um bom florescimento seguido de boa colheita dos frutos. Em breve iniciaremos o policultivo, introduzindo novas espécies na monocultura do goiabal (tangerinas e uvaias).

Glossário – em ordem conceitual, não alfabética

(a maioria dos termos é compartilhada com a agrofloresta e a agricultura orgânica)

 

ART: Agricultura regenerativa tropical.

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Savanização (das paisagens brasileiras): introdução e alastramento de capins africanos.

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Dessavanização de uma área de produção: eliminação dos capins, pela capina seletiva, até baixar a quantidade de propágulos viáveis. Acontece durante vários ciclos/anos seguidos.

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Capina seletiva: eliminação dos capins, favorecendo o mato de folha larga. Capins exercem uma nítida ação alelopática negativa, inibindo espécies de folha larga.

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Adubos regenerativos: são adubos que protegem o solo de chuvas e do sol, favorecendo toda atividade biológica, a vida do solo. No método ART aplicamos os seguintes três tipos:

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• MRF – madeira rameal fragmentada: são os ramos de árvores e arbustos picados por maquina trituradora, que gera uma massa rica em lignina jovem.

• Adubos verdes adensados: plantio em densidade alta de 2 espécies complementares. Exemplos: milho + guandu; milho + mucuna; centeio + ervilhaca; girassol + lab-lab.

• Manejo do mato de folha larga: em áreas dessavanizadas ocorre um crescimento acelerado do mato folha larga, que pode ser roçado em várias alturas, fornecendo biodiversidade e cobertura morta, dando condições de praticar o plantio direto sobre o colchão de cobertura morta.

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Cobertura morta: camada de adubo verde roçado ou fragmentos de madeira rameal (MRF) que cobre e protege o solo da ação sempre desestruturadora do sol e das chuvas.

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Estrutura do solo: “colagem/conexão” de todos componentes do solo (areia, silte, argilas e matéria orgânica) resultando em sua estruturação, com abundancia de macroporos, graças aos quais as raízes e a biota do solo podem respirar, pelo bom suprimento de oxigênio.

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Cobertura verde do solo: acontece quando um solo está coberto de adubos verdes ou mato folha larga, evitando assim o vazio biológico.

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Vazio biológico: é quando numa determinada área não crescem plantas espontâneas (mato) de folha larga, resultando num deficiente controle biológico de pragas de raiz (nematoides) e doenças de raiz.

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Faixas florestais: são faixas arbóreas plantadas em linhas simples/duplas de árvores exóticas adubadeiras. Na ART são plantadas até 500 árvores/há para fornecer de 10 a 30 ton de MRF/há/ano.

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Árvores adubadeiras: são árvores plantadas com finalidade de fornecer seus ramos a cada dois anos, para serem picados, resultando na MRF, importante adubo regenerativo.

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Manejo regenerativo da paisagem: é feito em paisagens produtivas, indo muito além da regeneração somente dos solos. Demanda a instalação de faixas florestais, verdadeiras fontes de fertilidade (MRF) e múltiplo manancial de recursos biológicos para (i) o controle ecológico de pragas: desde ave fauna/morcegos predadores de borboletas/mariposas, até a instalação de teias de aranha por todas as copas; (ii) agentes polinizadores, abelhas, vespas, insetos em geral; (iii) equalização do microclima, pelo efeito quebra-vento, regulando a umidade do ar e (iv) proteção da fotossíntese, o mais importante processo fisiológico.

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Plantio direto na horta: torna-se possível quando semanas/meses depois de aplicar uma adubação regenerativa, o solo tornou-se tão poroso e penetrável por ação da vida do solo, que podemos plantar as mudas ou sementes de hortaliças/aromáticas/medicinais, sem movimentação mecânica adicional do solo. Neste caso ocorreu um “biopreparo” do solo.

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Biopreparo do solo: consiste na manutenção/ampliação da macro porosidade de um solo por ação de agentes biológicos: raízes e meso-macrofauna atuam criando galerias e outras facilidades.

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Monocultura: plantio de apenas 1 espécie cultivada na área de plantio.

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Poli cultivo: plantio de 2 ou mais espécies cultivadas na área de plantio.

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